Receber a notícia de que alguém morreu me sensibiliza muito para a vida. Eu, que tanto amo meus dias e sonhos reais, me dou conta de que sou efêmera. Como um dente-de-leão que, pego desprevenido pelo mais leve sopro, desconstitui-se por inteiro. Mas tão lindos são os dentes-de-leão...
E só de imaginar que a morte pode significar um voo intenso em direção à liberdade, o coração aquieta. E, iminentemente, eu prometo: minha alforria vai acontecer em vida.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
sábado, 19 de outubro de 2013
Carona no vento para o horizonte
Encostar no parapeito da janela da varanda é um êxtase. Não porque as águas do mar estão alegres e dançantes quebrando umas sobre as outras, mas porque o vento que as move parece bater em minha janela pedindo para entrar. Indubitavelmente, abro. E ele me abraça: salgado por natureza, doce por elucidação poética.
A brisa do mar cheira à liberdade. E eu me deixo levar. Sinto o corpo desconstituindo. E como pequenas partículas livres e sem rumo diante de um sopro forte, vou cambalhotando brisa afora.
É que eu sempre tive vontade de tocar o horizonte. E, disfarçada de ser humano, como ando ficando com certa frequência, estava impossível. Descobri que para alcançar horizontes era preciso estar despido: de roupas, preceitos, pré-conceitos, sangue nas veias. Por que somente os humanos possuem sangue nas veias. E no horizonte é preciso deixar tudo isso para trás.
No lugar do sangue, sonho. No lugar de ser humano, apenas o verbo ser.
A brisa do mar cheira à liberdade. E eu me deixo levar. Sinto o corpo desconstituindo. E como pequenas partículas livres e sem rumo diante de um sopro forte, vou cambalhotando brisa afora.
É que eu sempre tive vontade de tocar o horizonte. E, disfarçada de ser humano, como ando ficando com certa frequência, estava impossível. Descobri que para alcançar horizontes era preciso estar despido: de roupas, preceitos, pré-conceitos, sangue nas veias. Por que somente os humanos possuem sangue nas veias. E no horizonte é preciso deixar tudo isso para trás.
No lugar do sangue, sonho. No lugar de ser humano, apenas o verbo ser.
Assinar:
Comentários (Atom)

